ONCE

Outro dia, se você quiser, contará alguns “shows”, alguns jogos e algumas decisões como os de saber-no-saber-volver-a-saber, etc.

Durante as eras transcorridas, eu iba cada tanto encolhendo meu espaço um pouco mais (esse “poco” poderia levar ao llegar um conteúdo de várias galáxias), especialmente o hacía quando sentia dor, ya sea porque me hacían algo o porque yo le hacía algo a alguien o porque yo veía a alguien que le hacía algo a alguien más o porque eu fiz algo comigo mesmo.

Cada vez que se definia em mim (e em outros seres) mais claramente a sensação de não poder saber e le dimos um nome genérico para essa sensação: os chamamos DOLOR. Quando quiséssemos que alguém sentisse dor, o obrigaríamos a que ele decidisse no poder Saber algo, mas como não se poderia obrigar ao pensamento puro a que piense ou no piense, a que sepa ou não sepa, tinha que usar trucos.

Os “shows” eram muito práticos para isso. Había dos tipos básicos de shows, de abordar e de aprender. Ao abordar, prometia o local de descobrir o mistério ou ver a surpresa estética que ele escondia. Os de alejar eram aqueles que hoje chamaríamos de “dar um susto”, algo que mostraria a outro que ele não poderia saber.

Fíjate, nós sabíamos que “o outro”, igual a nós, estava em condições semelhantes, porque havia decidido alguma vez não poder voltar a saber como saber, então ele lhe mostrou uma cena que foi gravada com força aquel su momento e isso dolía.

Assim vemos como a estética também foi mal usada para atrapar os seres. Você conhece o jogo do telefone descomposto? Sim, verdade? Bem, no poder saber o que foi reduzido ou equivalente, com o correr das eras, a NO PODER.

Pellízcate o brazo. Suas células não podem contrariar a pressão do filme. Na verdade, não sei como fazer isso. Isso é tudo que a dor é: uma comunicação de suas células diz “não posso” ou “não sei como fazer para poder” ou “não sei poder”. Claro, isso porque você tem um corpo, mas eu me lembro perfeitamente quando nos aproximamos de outros seres (ninguém tínhamos um corpo, te aclaro) chamando a dor de “sem poder saber” ou “sem poder voltar a saber”, para ser mais preciso.

Por suposto que não existia a palavra dolorosa, nem nenhuma outra palavra. Agora que o lembrei, não nos comunicamos tanto com o pensamento puro, sino com aquela espécie de dança ondulante. Dentro da ondulação maior havia outras ondulações mais rápidas que eram permitidas, simplesmente permitidas. Com eles tentamos estabelecer alguns códigos, dos quais o que mais se lembra é o que você recebeu: a dor.

Também estaba o PLACER, por suposto, mas fomos cautelosos porque havíamos engaños…